A
carência da água é uma questão cada vez mais alarmante e debatida em todo mundo
e na Guiné Bissau este flagelo tornou-se já uma realidade.Estima-se
que milhares de guineenses sofrem todos os dias com a falta deste recurso
indispensável à vida. Embora as pesquisas apontem para um potencial razoável em
recursos hídricos, para colmatar essa situação, mas o país não dispõe de
infra-estruturas eficazes para o aproveitamento e abastecimento da água potável
às populações.
As crises recorrentes
nas últimas duas décadas, de várias ordens, têm contribuído para o agravamento
desta situação, criando assim um dos piores cenários da crise de água potável
no país, que já dura há mais de duas semanas, concretamente, na capital Bissau,
mercê da greve dos funcionários da Empresa pública de Electricidade e Água
(EAGB), por falta de pagamento dos salários.
Nesta perspectiva, a Aldeia SOS
Guiné-Bissau tem vindo a desempenhar um papel primordial para amenizar, em
parte, este grave problema que afecta mais de 90% da
população guineense.Os dois Fontanários
(localizados nos bairros de Míssira e Amedalai/Pefine) que a organização
destinou às populações dos bairros vizinhos da Aldeia de Crianças SOS, em
Bissau, revelam-se, neste momento, bastante proveitosos às centenas de pessoas
de diferentes bairros e comunidades da capital, que percorrem, diariamente,
quilómetros de distâncias para se abastecerem nas torneiras dos referidos Fontanários
desse precioso bem de consumo.